terça-feira, 4 de agosto de 2009

Socialismo e Cristianismo - parte 1

Pessoal,
como já é de praxe, segue um dos meu tijolões...

Quando era mais novo, (não que eu seja um velhinho com uma bengala, ok?) costumava acreditar em um tipo de revolução política que poderia mudar o mundo; que o modelo capitalista que regia o “estado atual das coisas” seria varrido do mapa e um novo modelo, o qual acreditava ser o mais adequado, corrigiria todas as injustiças sociais do mundo.

Comunismo e Socialismo eram as ideologias mágicas que conduziriam a humanidade para um futuro quase igual Éden do Genesis, onde todas as pessoas poderiam viver em amor e harmonia em oposição ao capitalismo cruel e selvagem dos malditos norte-americanos.

Mas é claro que sempre ficava uma dúvida, afinal pregavam os comunistas que “a religião é o ópio do povo” enquanto que os EUA eram um país fundado sob bases religiosas cristãs muito fortes. Atrás da cortina de ferro, falavam de perseguição religiosa e política enquanto nos países capitalistas a liberdade de expressão e religiosa era um direito inalienável para todos os cidadãos. Os carros importados que chegavam da Europa, Japão e EUA eram modernos e confortáveis enquanto que da Rússia vinham os LADA (procurem na internet as fotos), praticamente carroças motorizadas.

Hum... havia algo estranho no Paraíso.

A maturidade, alguns anos de estudo, o contato com os movimentos estudantis e sociais, a leitura de livros e artigos e principalmente o descobrimento dos milhões (isso mesmo milhões) de mortos em perseguições políticas e religiosas nos países comunistas me fez descobrir que eu estava errado, que na verdade estes sistemas políticos não tinha nada em comum com minha fé Cristã. Mais ainda, descobri que o socialismo/comunismo não compactuam com a democracia, liberdade e também não são sistemas econômicos viáveis ou eficientes.

Por anos, os comunistas/socialistas tentaram sem sucesso combater o capitalismo e a religião, através de armas econômicas e militares, mas nunca obtiveram sucesso. Somente então perceberam que a destruição do capitalismo só se daria com o extermínio da sociedade judaico-cristã. Ou seja, destruindo toda a estrutura cultural ocidental. A partir daí tudo é válido, desde apoiar radicais islâmicos, até a causa gay. Mas é óbvio que esta não deveria ser uma guerra frontal, antes, a estratégia deveria ser a da atuação cancerosa, corrompendo lentamente a estrutura social da sociedade através da destruição progressiva dos seus pilares, tais como, a família, a religião e a democracia.

O toque de gênio na estratégia é justamente inserir na igreja a idéia do comunismo/socialismo pervertendo os conceitos cristãos para criar um modelo mental direcionado a estas ideologias, e é incrível como isto pode ser simples e eficiente.

Os parágrafos abaixo discutem o assunto:

Fonte: http://www.faroldademocracia.org/editorial_unico.asp?id_editorial=49

“Um cidadão comum que adere ao discurso da “justiça social” o faz, não porque compreenda essencialmente as crenças socialistas, e sim por causa de uma cultura cristianizada ancestral, que está impregnada na sua educação e na ordem de valores historicamente consagrados na sociedade. O cristianismo é uma das poucas religiões que preconiza a idéia de igualdade, na dignidade intrínseca de direitos entre os homens.

É por intermédio dele que cremos na defesa dos mais fracos contra o abuso de poder dos mais fortes. Só que há uma diferença entre o conceito de justiça cristão e a chamada “justiça social”: a justiça cristã não é um capricho da sociedade, não é um elemento social. Ela provém da Revelação e da ordem natural que o próprio Deus criou no mundo. E mesmo a defesa dos fracos, no cristianismo, nunca foi uma condenação dos fortes e sim uma diretriz moral e ética, no sentido de que a força, a capacidade intelectual e a inteligência implicassem deveres de honestidade e caridade para com seus concidadãos, em vistas de um bem maior.

Os fortes, os altivos, os poderosos, devem usar esse poder de modo justo. E os fracos, as mulheres, as crianças e os desamparados devem ser protegidos e amparados por essa força, essa virtude, essa fortuna.

Precisa-se acrescentar uma coisa: a força, tal como a fraqueza, é circunstância da vida humana. Ninguém é totalmente forte e auto-suficiente para negar a solidariedade de seu próximo. Até porque o uso indiscriminado da força e do poder é uma forma de destruir o ser humano, já que ele não é essencialmente um bruto, e tampouco Deus.

Todavia, a caridade cristã, obrigação moral e, portanto, voluntária na cabeça de cada pessoa, está sendo substituída pela tal “responsabilidade social”. Percebe-se a ruindade semântica do termo: o cristianismo nos exige apenas a dever de nossa consciência, em amor ao próximo, no sentido da realização de todos; já a “responsabilidade social” implica uma imposição, uma coerção. É como se cada cidadão fosse vítima de uma chantagem ou uma culpa coletiva imposta por seu vizinho ou pela sociedade. “


Percebem a sutileza da coisa? A partir de algumas premissas da fé cristã podemos ser induzidos a aceitar premissas falsas como citada a defesa dos fracos pela condenação dos fortes.

Continuando:

“Não só a pregação cristã é usurpada. Até o sentido teleológico e messiânico do cristianismo é usurpado. O socialismo promete o paraíso na Terra. Só que esse “paraíso” prometido é a divinização do poder do homem, seja na figura do Estado absolutista ou do “coletivo” arrebanhado pelo Partido único iniciático. E quando os homens começam a se auto-divinizar, é aí que começa a tirania”
Para quem não conhece algumas teorias de Marx e Engels procurem sobre Materialismo cientifico (Goooogla ai...).


Para finalizar (por hoje) seguem mais alguns parágrafos da fonte citada anteriormente:

“A legítima justiça não depende de uma vontade social. Se dependesse disso, os sistemas mais injustos da face da Terra seriam perfeitamente justificados. Daí a entender como a ideologia da “distribuição de renda” se confunde com a idéia da caridade. Uma contradição notória, já que caridade implica ato voluntário, enquanto a distribuição de renda onera uns, em favor de outros, através de uma autoridade abusiva.

O princípio básico da justiça nunca foi o igualitarismo, a nivelação por baixo. Pelo contrário, a justiça implica, inclusive, a desigualdade, porque a proporção faz parte dos critérios da eqüidade. Façamos a seguinte diferença: eqüidade significa
equilíbrio. O símbolo da balança é o exemplo clássico disso. Uma pessoa com mais méritos deve ter mais ganhos do que uma pessoa com menos méritos.

Só os totalmente incapazes merecem realmente algum tipo de proteção acima de suas forças, porque lhes carece de potencialidade para o fim de seus benefícios e isso implica fazer jus a suas fraquezas. Mas, nem por isso, podemos onerar os melhores, para beneficiar os piores, pois aí implica a injustiça.”


Hum... tá ai um conceito que já ficou dificil pra muita gente engolir “a justiça implica, inclusive, a desigualdade”...

Bem, espero comentários e vou continuar a discussão.

Abs,
Mario

31 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Nossa... essa defesa do capitalismo ... só não dá pra perder de vista que o capitalismo precisa da manutenção dos fracos para que os fortes sobrevivam... O perigo está justamente aí, se não estou enganada, e acho que não, os cristãos foram os últimos a aceitarem a abolição da escravatura... inclusive na meca do Capitalismo cristão (USA)
    Também já tive meus momentos socialistas... e capitalistas... depois de uma certa idade (não que já esteja de bengala...) chegamos a uma "triste" conclusão de que onde houver seres humanos, não haverá ideologia, por melhor que seja, que não se corrompa.
    Na minha opinão, nenhuma dessas ideologias são dignas de serem seguidas... principalmente no nosso país, onde o que fala mais alto são os interesses individuais...

    Sou realmente a favor é da MONARQUIA... com o Rei Jesus... Um reino que não é deste mundo... Vai contra toda a lógica humana, mesmo... por isso que acredito que é a melhor...

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  3. Cátia,
    o capitalismo não é uma ideologia mas um sistema econômico que se baseia em alguns conceitos muito caros à nossa sociedade como por exemplo, a propriedade privada, o respeito a leis e contratos e a liberdade do indíviduo. Esta visão da necessidade de manutenção dos fracos para manutenção dos fortes é essencialmente Marxista.
    Não digo que é um sistema perfeito, mas é um sistema que funciona de fato onde mais se respeita a vontade individual.
    Álias, é sim um sistema "cruel" já que ele "testa" os individuos e aqueles que são mais competentes ou de maior sorte sobrevivem.

    Não há conexão entre capitalismo e escravidão. A escravidão existia muito antes de qualquer registro pré-capitalista.
    Álias, no caso dos EUA, os estados que defendiam a manutenção da escravidão eram os sulistas que tinham um sistema muito mais próximo de um feudalismo, justamente o sistema dominante antes do capitalismo.
    O ponto principal do post é mostrar que o sistema capitalista (em oposição ao socialismo) é muito mais próximo de valores cristãos.

    Abs,

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  4. Eu, recolho-me à minha insignificância... Porém, acredito que por trás de toda ação, seja ela social, política e econômica, há sempre uma ideologia que move e orienta...

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  5. Quanto a escravidão, sim, ela sempre foi um mal... e muito antes do capitalismo... que convenientemente acabou com ela para ter mercado...

    A propriedade privada, o respeito a leis e contratos e a liberdade do indíviduo, são valores inalienáveis, com certeza...

    Infelizmente, não funciona para todos... eximir o Estado e colocar sobre o indíviduo a responsabilidade do sucesso ou fracasso, sob o pretexto de oportunidades iguais para todos... é discurso... não existe... quem tem mais,está no topo da pirâmide, sempre terá mais oportunidades... e oportunidades iguais sem equidade(respeito e atendimento às diferenças) é desigualdade...
    Dar ao Estado o direito de dispor dos recursos sob o pretexto da responsabilidade sobre o povo, também já vimos, que é discurso, não funciona...

    Enfim, ideologia é discurso.. geralmente quem tem a palavra é quem tem o poder... Em qualquer regime ou sistema.

    Acredito que os valores cristãos estão muito distantes do comunismo, do capitalismo, ou de qualquer outro sistema...

    Continuo ansiando pelo novo céu e pela nova terra... onde reinam a justiça e a equidade...

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  6. Concordo com você e uma das bases do capitalismo é justamente a tradição religiosa judaico-cristã. Vou dicutir algumas destas bases nos próximos posts.

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  7. como a tia catia falou o socialismo so não dá certo pq o natural do homem se corromper, e assim o interesse dos q tiverem por "cima da carne seca" vai prevalecer.... eu ainda acho q o socialismo pode ser uma alternativa( tirando as perseguiçoes e tal(Mais o big mestre deixo escrito q iria haver essas perseguiçoes),jah o capitalismo dah essa "tal liberdade" pois os menos favorecidos estaum continuando sendo escravizados pelo o consumismo

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  8. Mário,

    parabenizo o seu interesse pelo o assunto mas o capitalismo nunca teve e nunca terá como sua base os principios do cristianismo. Não sei baseado em que vc diz isso.

    Talvez vc estaja se baseando na teoria Calvinista onde o trabalho e a prosperidade financeira eram considerados um sinal das bênçãos de Deus, legitimizando o lucro( Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo - Max Weber).

    Da mesma forma não posso pegar a teoria de Marx, onde ELE condena a Igreja/TODAS AS RELIGIÕES e dizer que as idéias do socialismo são anti-cristãs.

    Vamos ler e compreender mais o que lemos.

    Bjs

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  9. Pra ser sincero, acho q, hoje em dia, é uma grande besteira querer entrar no mérito d q sistema é o melhor e qual é o pior. Acho q, assim como o comunismo, o capitalismo tem seus problemas. Eu não acho, por exemplo, essa idéia d propriedade privada totalmente justa. Quer dizer q, só pq eu trabalho como um louco e tenho, com isso, poder aquisitivo maior q um mais pobre eu tenho direito d ter até sobrar e um pobre moribundo não, ficando na sarjeta? Isso é completamente injusto, da forma está. E (deixa eu ver s entendi Marx) o conceito d o capital, por si só, se valorizar (ou seja, qto mais se tem, mais s tem) é bem injusto tb. É o velho "ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres". Pra mim, as piores conseqüências desse sistema são o individualismo e a competitividade extremos.

    O comunismo/socialismo eu entendo ser uma resposta imatura ao capitalismo, uma vez q tornar tudo comum e concentrar o poder nas mãos do Estado não é solução, só gera mais problemas (o Estado acaba sendo absoluto, certo?). Mas, ainda sim, é uma crítica válida ao sistema predatório em q vivemos. Lembrando q comunismo e socialismo são coisas diferentes.

    Não sou um estudioso d economia, política, sociologia ou história (gostaria), mas, como bom "informata" que sou, sei q todo sistema tem suas falhas. E esse não é só um problema de informática. Capitalismo, socialismo ou feudalismo, absolutismo, todos tem suas brechas, uns mais q os outros. Por hora, aposto num capitalismo com compromisso social. Idealmente, só Deus governando e orientando, literalmente, o homem msm. Afinal, só ele é perfeito.

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  10. Qto às matanças, e o q nós (melhor, o Tio Sam), capitalistas, já fizemos em Hiroshima, Vietnã, Iraque, etc?

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  11. Juju foi tão sutil quanto um Roundhouse kick do Chuck Norris.

    Sou a favor da comunidade descrita em Atos. Um ajudando o outro, todos equilibrados.

    Mas aguardo a Teocracia eterna.

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  12. Ju,
    vou continuar tentando aprofundar mais o assunto, mesmo porque nas faculdades a doutrinação da esquerda é tão grande que
    geralmente os estudantes não conseguem enxergar nada além daquilo que é vomitado pelos professores.

    Seu comentário foi tipico da argumentação Eristica que predomina nos debates de esquerda em que toda a argumentação é respondida
    de maneira sofismática, como por exemplo o "não é nem nunca será". Eu pelo menos prefiro a visão platônica da dialética, para
    o qual seria necessário explicar a afirmação.


    Mas tudo bem, Vou te ajudar nisso indicando outras leituras como Eric Voeglin, Roberto Campos, Olavo de Carvalho e Paul Johson.

    Em relação a base do cristianismo no capitalismo, minha posição é de que na tradição judaica (velho testamento e talmud)
    já há o conceito de propriedade privada e no cristianismo, que é uma religião onde prevalece a liberdade individual
    no sentido em que o crente faz diariamente escolhas e assume estas consequências, temos implicitamente conceitos
    de liberdade e respeito a contratos.

    Veja, por exemplo. o conceito de formação de preços no capitalismo. Ele traz dentro de si um conceito metafísico inexistente
    no socialismo, pois o que é um preço justo para determinada mercadoria? Se apenas Deus é justo e Deus não anda por ai
    colocando de preço em saco de feijao, qual a entidade que determina o preço justo em seu lugar? O próprio mercado.

    Não que o sistema seja perfeito, tanto que o capitalismo evolui em ciclos de crescimento e queda.

    Quando voce esvazia o sistema desta ética judaico-cristã, você tem um sistema corrompido e brutal onde a exploração se
    sobressai.

    Em relação a Marx, ele é sim anti-cristão, pois o que a filosofia dele glorifica não é a Deus mais sim ao homem, dentro da
    mesma lógica de outro alemão maluco, o Nietzche.

    Eu acho que eu e todos os críticos de Marx (e acredite, são muitos) entendemos este conceito na obra dele.

    Vou continuar o assunto em outros post.

    Abs!
    Mario

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  13. Rafael,
    vamos lá...

    "Acho q, assim como o comunismo, o capitalismo tem seus problemas."
    Claro, é um sistema humano e obviamente sujeito a falhas. Os ciclos de crescimento e retração (apesar de indicarem
    uma curva ascendente) provam isso.

    "Eu não acho, por exemplo, essa idéia d propriedade privada totalmente justa. Quer dizer q, só pq eu trabalho como um louco
    e tenho, com isso, poder aquisitivo maior q um mais pobre eu tenho direito d ter até sobrar e um pobre moribundo não"

    Vamos exemplificar assim, nas suas provas de final de período, apesar de vocë estudar que nem um louco, vamos retirar todos
    os pontos excedentes além do necessário para passar de ano e entregar a alguem que não estudou que nem você. Afinal de contas
    é injusto você ficar com o CR lá em cima com tantos amigos enquanto aqueles pobres amigos que ficaram na choppada de segunda a
    a segunda serem obrigados a sofrer com o CR lá em baixo.

    Hum... acho que você concordará que não é uma boa idéia, certo?

    Em relação ao pobre moribundo, você leu o trecho abaixo que estava no post?

    "Só os totalmente incapazes merecem realmente algum tipo de proteção acima de suas forças, porque lhes carece de
    potencialidade para o fim de seus benefícios e isso implica fazer jus a suas fraquezas."

    Okay?

    Pra terminar, me aponte um teórico do capitalismo que afirme essa opressão voluntário e obsessiva do mais rico sobre o mais pobre?
    Álias, já percebeu que não tem um inventor do capitalismo?

    Nào gosto de Wikipedia... mas dá uma olhada lá... http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo

    abs,
    Mario

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  14. Concordo com o Douglas!!!
    Nao tenho nenhuma esperança em qquer modelo politico ou sistema econômico.
    Enquanto isso, vou tentando fazer o que posso pelo meu próximo, confiando somente em Deus.
    E que Ele volte logo, pq esse mundo tá podre!

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  15. Como diz o Waguinho no video que postei: "minha carteira ta vazia mas eu estou cheio do Espirito Santo"

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  16. Cátia,

    "Quanto a escravidão, sim, ela sempre foi um mal... e muito antes do capitalismo... que convenientemente acabou com ela para
    ter mercado..."

    Hum.. nào sei se você queria ser irônica, mas eu vou ser.. eheheh.

    Fico imaginando um bando de "malditos capitalistas"reunidos ao redor de uma mesa dizendo.. vamos fazer a nossa próxima
    maldade, vamos libertar os escravos!" KKKKKK!!!

    Mas olha só, sim a libertação dos escravos serviu ao capitalismo, mas só contam essa parte da história, até para imbutir
    uma crítica velada ao sistema. só que ninguem fala de todo o esforço de pensadores cristãos que eram contrários à escravidão.

    Vou continuar o assunto, mas uma coisa importante é que não estou fazendo uma comparação do cristianismo com o capitalismo,
    mas sim estou tentando mostrar que o capitalismo é um sistema que funciona sob bases cristãs. É um sistema imperfeito sobre uma
    base perfeita, enquanto que o socialismo é uma imperfeiçào sobre outra imperfeição.

    abs,
    Mario

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  17. Pessoas,

    o que é Roundhouse kick do Chuck Norris? Fiquei perdida!!??

    Veja bem Mário o meu discurso não é de esquerda, até porque eu sou capitalista até o último fio de cabelo. Dentro do mundo acadêmico eu me classificaria como uma historiadora Weberiana(que é de direita) ou Fucotiana.

    Quando eu disse que o capitalista nunca teve e nunca terá como base os principios do cristianismo é porque por mais que vc vizualize semelhanças entre um sistema politico e uma doutrina religiosa eles não se relacionam e nem influenciam um ao outro.

    Se comermos a pensar deste maneira estaremos legitimando que outras religiões também serviram de base para qualquer sistema político-econômico vigente ou que venha a ser criado, o que é um PERIGO.

    Eu também sou contra as teorias de Marx e Engels, acredito que elas empobrecem as discussões e a busca por um mundo mais justo. Mas também não posso demonizá-los e ESSE É O MEU PONTO. Existem muitas movimentos religiosos que se aproximaram do discurso socialista e obtiveram êxito.

    Tudo depende do caráter do ser humano, e se ele não tiver o caráter de Cristo, aí reside o problema.

    Aguardo seus próximos textos.

    Juliana

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  18. Juliana não conhece o Chuck Norris...perdeu toda a credibilidade agora...:P

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  19. Pra vc Juju...

    http://www.chucknorris.com.br/

    Dá uma olhada. hehehe

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  20. JU,

    NOS PERDEMOS JUNTAS.... TAMBÉM NÃO CONHEÇO O Roundhouse kick do Chuck Norris

    VOU LÁ VER....

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  21. Mario,

    Negar a propriedade comum a todos não legitima a propriedade privada. Continua sendo injusto as pessoas poderem acumular indiscirminadamente. É nisso q está o problema. Na verdade, as duas soluções são, ao meu ver, problemáticas. Em uma, um "encosta" no outro e não luta pra conquistar o q é seu, enquanto q na outra, um acumula a ponto d não sobrar msm para quem luta. Tem q ter um meio termo.

    Qto às "bases cristãs" do capitalismo, na verdade, o capitalismo deturpa conceitos do cristianismo para impor a dominação d uns sobre outros. Dp das discussões d ontem aqui no blog, li partes do texto "Do Direito à Preguiça" (Paul Lafargue... leiam com cuidado) q comenta algumas dessas distorções, como a supervalorização do trabalho, que se torna o instrumento d opressão das classes altas sobre as mais baixas, e como o capitalismo da época criou na cabeça das pessoas a idéia do trabalho como forma d "purificar" as pessoas, livrando-as do ócio q leva a ocupar a mente com coisas inúteis. O próprio texto cita a Bíblia pra contra-argumentar a falácia capitalista (citando o Sábado como indicação da necessidade d descanso).

    Outro exemplo: veja o Calvinismo, q aponta as "bençãos" materiais necessariamente como bençãos d Deus. Se seguirmos por essa linha, vamos entender q muitos da Câmara e do Senado, bem como muitas corporações opressoras, tem sido tão abençoados por Deus...

    Não estou dizendo q não tenha "capitalistas" gente bem intencionados, ou q o sistema é totalmente absurdo e q os socialistas "são o q há"... só sou crítico d abraçar radicalmente isso sem refletir antes... eu também me irrito com esses "socialistas" q vestem camisa d Che Guevara e acham q tão por cima... esses tb não criticam aquilo q abraçam, e acham q socialismo é "bala d prata".

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  22. Falando um pouco do sistema q considero mais próximo do ideal...

    Os primeiros cristãos repartiam o q tinham entre si... ou seja, não era o Estado q tomava e distribuía, e sim, as pessoas, movidas pelo amor d Deus. Nem tampouco havia acúmulo, pq os q tinham mais repartiam.

    Qdo tiveram necessidades específicas, nomearam bispos e presbíteros para organizar o trabalho em prol d, por exemplo, reunir alimento para os q passavam fome. Ou seja, havia um governo, nomeado pelos membros da comunidade cristã.

    Isso já é um começo, né?

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  23. Rafael,
    tô trabalhando na resposta, e tá ficando longo (ô mania de escrever muito); mas para não ficar em branco por muito tempo segue o comentário inicial...

    ...

    Vamos discutir as afirmações so Lafargue, mas primeiro, quem foi o Lafargue?

    Álias, este processo investigativo sobre quem é o autor é uma etapa importantíssima quando fomos analisar alguma questão filosófica.

    Tá lá na Wikipedia (urgh!!!)

    "Paul Lafargue (16 de junho de 1842 – 26 de novembro de 1911) foi um revolucionário jornalista socialista francês;

    Hum... já começou mal...revolucionário socialista;

    "Escritor e ativista político;"

    Socialista, revolucionário e ativista... tá ficando mais esquisito ainda!

    "Ele foi genro de Karl Marx, casando-se com sua segunda filha Laura."

    Opa! Como é que é? Genro de Karl Marx??????

    "Aos 69 anos de idade ele e Laura morreram juntos em um pacto de suicídio."

    Pacto de Suicídio???? Ai ferrou de vez.

    Bem, as credencias do autor já não são muito boas, principalmente para falar sobre cristianismo.

    TO BE CONTINUED...

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  24. Bem, vou dar minha opinião que bate mais ou menos com o que a Cátia e outros têm colocado aqui...
    Primeiramente, vai um recado para o Mário.
    Mário, vc exemplificou pro Raphael com a questão de pegar os pontos a mais da prova dele e dar pra quem não estudou, o que daria raiva em qualquer aluno interessado e esforçado. Todavia, Jesus contou uma parábola em que as pessoas trabalharam umas mais, outras menos, e receberam a mesma coisa no final... afinal, não é o dono da empreitada lá que decide e combina com cada um quanto vão receber?
    Já em outra parábola Jesus fala de um senhor que deixou diferentes quantidades de dinheiro com seus servos enquanto viajava. Na volta avaliou cada um pelas rendas obtidas com negociações do dinheiro. E aí o que não fez nada e guardou os talentos foi penalizado. O que ele tinha e não usou foi repassado ao que tinha ganhado mais dinheiro. Aquele senhor disse: pq vc não colocou no banco essa grana para render juros? Capitalista né?
    Aí vem a questão: Jesus é mais capitalista ou socialista/comunista?
    O que eu acho é que Ele simplesmente não é nada, pq o Reino dEle não é daqui. As leis lá são outras, que não dependem de merecimento, mas de graça... No entanto tb rola umas penalidades terríveis para quem bebe “do cálice do furor do Senhor”. Ou seja, não dá pra modelar um sistema humano que chegue sequer chegue perto do que é o reino dos céus.
    Outro questionamento que deixo: é necessário se decidir por um modelo ou outro para defender? Tipo, preciso definir-me como “capitalista até o último fio de cabelo” ou “comunista doente”?
    Olhe só o meu dilema... Até entrar no meu atual emprego eu não gostava muito do PT. Agora, vcs sabem pq, vejo na oposição a ameaça dos interesses nacionais, do desenvolvimento... hehehehehe.
    Prefiro fazer assim: sou de Jesus e o que Ele pensa é que tá certo. Mas o que Ele pensa? Sei lá, acho que sei algumas coisas, mas certamente errarei em muitas delas, afinal, Paulo disse que vemos um enigma por enquanto. Mas a certeza que tenho é que Ele me ama e dia-a-dia me transforma à imagem do Seu Ser e, conforme as próprias palavras dEle, o governo de Deus sobre os homens está chegando na sua máxima presença e domínio... Ele voltará.
    Paz!
    Pedro
    P.S.: 2010 é Dilma na cabeça!! heheheheheh

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  25. Pedro,
    vamos lá... aonde foi dito que Jesus era algo além do que Jesus? A lógica do post é, o capitalismo é um sistema que surgiu (notem bem... surgiu! Ou seja, foi uma resposta natural a uma necessidade real de organização da economia) sob uma base cultural ética de uma sociedade cristã, enquanto que o socialismo surgiu da mente de materialistas ateus. Bem... comparando as bases, eu acho que o sistema mais próximo (não perfeito) da realidade e do padrão ético cristão.

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  26. Mario,

    Li alguns trechos d um livro (paper, sei lá o q) que falava sobre falácias lógicas. Uma delas é o argumento da autoridade. Ou seja, usa-se as "boas ou más obras" anteriores do autor para validar ou invalidar o argumento dele.

    Por exemplo: minha mãe é uma pessoa muito boa d coração, já fez o bem pra muitos e ela me disse q tomar xixi cura o câncer, pq ela soube d muitos curados q fizeram isso, logo, pq ela é bem intencionada, eu dou crédito a ela. Afinal ela não mentiria. Mas quem disse q ela conhece o suficiente pra me afirmar isso?

    Se for assim, não podemos nem ouvir rock n' roll, seja qual for o estilo, pq a maioria dos grandes roqueiros eram drogados e isso (se gundo a estrutura do seu argumento) invalida a qualidade técnica deles (o q é falso).

    Assim, dizer q um kra é suicida, socialista, etc não invalida os argumentos dele, cientificamente. Vc tem q invalidar o argumento dele, ou seja, falar q alguma premissa (hipótese) q ele assumiu é falsa, etc. Isso logicamente, já q se trata d uma discussão.

    Deixo claro q não sou um defensor do kra. Só q, em alguns pontos específicos, ele faz umas críticas coerentes. Concordo, em parte com a análise dele, embora eu ainda não entenda q a solução q ele defende (o socialismo) resolve algo.

    Resumindo, estruturalmente, a tua argumentação está errada.

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  27. Ah... vi na Wikipedia q tem uma citação dessa estruturá de falácia:

    "* Argumentum ad hominem (Ataque ao argumentador):

    Em vez de o argumentador provar a falsidade do enunciado, ele ataca a pessoa que fez o enunciado.[1] [2]

    Ex: "Se foi um burguês quem disse isso, certamente é engodo"."

    Extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cia

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  28. Mário,

    Pra não dizer que eu só critico, achei muito interessante esse site q vc recomendou (http://www.faroldademocracia.org/index.asp). Tendo um tempo, vou ler as matérias deles.

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  29. Rafael,

    sobre o argumento da autoridade, conheço bem o mesmo pois é amplamente utilizado principalmente na mídia, da pior maneira possível.

    É corriqueiro você ver a mídia apresentar informações, numeros, etc que são balizados por figuras que muitas vezes não entendem muito bem do assunto em questão.

    Agora, será que não podemos investigar como o autor de uma determinada opinião estruturou a formação daquele pensamento?

    Quais foram as motivações e os caminhos que o levaram a chegar a determinada opinião?

    Será que ele realmente sabe do que está falando?

    Por exemplo, um determinado professor universitário dá sua opinião favorável sobre o assunto drogas, entretanto, por frequentar a faculdade onde ele leciona sei que no fundo ele é um tremendo maconheiro... será que estou errado em criticar a credibilidade do autor a respeito do assunto?

    Foi justamente o que comecei a fazer, tentar entender o autor para tentar entender todo o contexto sob o qual ele montou suas argumentações.

    Agora, na pressa ou então inconscientemente na ânsia de querer ganhar o debate não entendeu o meu comentário, principalmente por que eu ainda (e eu declarei isso, logo no começo) não critiquei os argumentos do Lafargue.

    Ou seja, eu ainda nem comecei a argumentação e vocÊ já está declarando que ela está errada.
    Aonde? Qual foi a frase do comentário em que eu expus uma contradição ao autor?

    No final de contas, você está usando algumas estratégias da dialética erística, que é a prática de tentativa de vitório no debate em si, e não da tentativa de descoberta da verdade.

    Você fez uso principalmente da estratégia 14, a clássica "falsa proclamação de vitória" quando declara que "Resumindo, estruturalmente, a tua argumentação está errada.", pois você tratou como prova o que não é prova.

    Estruturalmente meu erro foi de ter fragmentado a minha argumentação apresentando apenas a instrodução e a crítica inicial ao autor pois isto deixa margens para que o debatedor possa apresentar proposições erradas.

    Meninos e meninas, fica a lição e aguardem a argumentação ao comentário do Rafael.

    abraço!

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  30. Mário,


    Li rápido. Digo, desde já, q a tentativa minha e tua, certamente, é de buscar a verdade, e não d ganhar um debate. Agora, não entendi onde apresentei uma prova (evidência, certo?) q não é evidência. Coloquei o texto q vc citou no final, dp de argumentar. Na verdade, foi só um resumo, faltou somente complementar resumidamente o pq d ter concluído aquilo (dito anteriormente).

    O ponto principal do meu argumento, em termos mais claros, mais uma vez, é q não se pode julgar o trabalho d uma pessoa apenas pelo histórico dela. Pode não ser o teu caso, vc, q analisa racionalmente as coisas, mas muitos, qdo vêem esse histórico, já tiram conclusões precipitadas do autor, sem criticar os pontos negativos do argumento del (q são muitos, eu concordo, mas, em alguns pontos, nos fazem pensar).

    Espero teus argumentos.

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  31. Gente, vamos resolver isso tudo no Quake ou Xbox!!!

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