quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Ô malandragem dá um tempo...
Hoje vendo o programa do Wagner Montes, sim, eu vejo, e faz tempo que ele não faz a dança do capiroto, mas enfim, prosseguindo, ele noticiou um golpe 171 que tem rolado na Uruguaiana, e quem passa por lá, creio que já deve ter se ligado no esquema.
Bom, pra quem não sabe, é aquele golpe que o camarada vê você querendo comprar um eletrodomestico, e te aborda, e oferece um mais barato, que ele arruma com um conchavo em outra loja. Aí vocÊ dá a grana que ele quer e créu. Perdeu a grana. O cara some.
O que me vem a mente o seguinte: A necessidade de se dar bem, De ser o esperto, o malandro (ié ié! rá! gluglu piupiu!). Temos em nós esse desejo de auto-satisfazer primeiro, depois que venha o próximo. De nos impormos sobre os outros, de sermos melhor que os outros, de sermos endeusados.
Aí vem o cristianismo e muda a parada toda. Nos ensina que a partir de Cristo, o EU da lugar ao NÒS, que servir a Deus, é servir o próximo, e que temos uma missão, que é levar as boas novas a todos que ainda não conhecem a Cristo, e que as boas novas são mais do que palavras, e sim atitudes.
Mas mesmo assim, nosso corpo carrega ainda certos vícios. Vícios da vida antiga. Eu chamo de pecado. E este só será renovado quando tivermos um novo corpo. Mas a cruz nos mostra que somos vitoriosos sobre o pecado. Não somos mais escravos de nossos desejos, muitas vezes auto-destrutivos. Mas então, o que fazer quando a necessidade de ser mais esperto que o outro, de ser o malandrão, de tomar vantagem toma conta da gente?
Eu aconselho 2 coisas. Uma é orar. Deixar ciente a Deus o seu problema, sua deficiencia. E a outra, é discipulado. Caminhada. É só confessando nossos pecados uns aos outros que podemos ser curados. O que gera outro problema: abrir mão do ego, da imagem, abrir o coração, ser vulnerável...
Não quero dizer que é pecado desejarmos o conforto, bem estar, uma pechincha, uma promoção, um desconto. Mas sim quando pra atingir esses objetivos é necessário que alguém seja roubado, que algo seja desviado, que alguém seja ludibriado.
E se ser malandro significa isso, ser o cara esperto, o enrolador, prefiro então ser o mané.
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O "engraçado" de tudo isso é q nós, brasileiros, adoramos descer o pau no "american way of life", dizendo que ele põe o dinheiro e o sucesso acima de tudo, mas, no "jeitinho brasileiro", o sucesso é a malandragem. Seja rico ou seja pobre. O looser tupiniquim é justamente o espertalhão.
ResponderExcluirPrecisamos ser mais individualistas na crítica, començando por criticar o nosso próprio umbigo, e mais coletivistas na solidariedade, tentando amar as pessoas sem discriminação de cultura.