sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Era só mais um Silva - 9

“Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem.” Salmo 103:13

Esse versículo é o que há! Sempre dá bons frutos quando utilizado em evangelismo. Porém, pode ser que em alguma comunidade carente você encontre um adolescente, use esse versículo e ele não surta o efeito esperado de comoção mas sim de desprezo pois o referencial de pai que ele tem não é nem um pouquinho atrativo quanto para nós, que fomos criados por pais maravilhosos.

E se falam pra você algo sobre o amor ao próximo, qual o efeito que essa palavra surte em você? Comoção ou desprezo?

Acho que quando pregamos e tentamos viver o que pregamos, temos um sério problema: Qual o verdadeiro referencial que temos?

Você que é um crente esperto, maduro, vivido e bom de resposta diz: - Jesus é o meu referencial!! Ta certo, certíssimo! Mas na bíblia vejo que o apóstolo Paulo demonstra uma preocupação com o referencial adotado por nós, ele diz muitas vezes em suas cartas às igrejas: - Sejam meus imitadores, assim como eu de Cristo! (1Coríntios, Efésios, Filipenses)




Porque ele não falou logo pra imitarmos a Cristo? Porque ele se colocou no meio? Vejo no apóstolo Paulo uma coragem única de dar a cara a tapa pra ser exemplo, para ser um referencial. Um texto que me chama bastante atenção é o que fala “Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? “ (1Jo 4:20). Concluo o seguinte: não vemos a Deus (concordam?) mas cremos Nele adotando como referencial a Bíblia. Cremos em Deus quando VEMOS mudanças (bons testemunhos) na vida de quem prega. PRECISAMOS VER!

A questão é: Qual o referencial de amor ao próximo você tem? Será que você já o presenciou de verdade? Que tal aceitar o desafio de ser um referencial?

4 comentários:

  1. Hoje no ônibus tava pensando mais ou menos sobre isso, sobre o referencial de "diferença do cristão". Concordo que "Cremos em Deus quando VEMOS mudanças (bons testemunhos) na vida de quem prega." Alguém como a gente, vivendo o mesmo dia-a-dia, e sendo um exemplo. (Jesus tbm viveu aqui mas é mais fácil ter essa refência quando VEMOS, como vc falou.)

    Se cada um de nós tentar ser uma referência de amor ao próximo, não esperar que o outro seja, tenho certeza que a coisa vai pra frente =]

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  2. Realmente, muitos acabam se voltando pra Deus por "experimentar" (observar casos de) exemplos de fé e humanidade. Do nosso ponto de vista, devemos sempre buscar ser melhores cristãos pq: primeiro, é o certo a se fazer, mesmo quando "ninguém" está olhando; segundo, isso pode influenciar positivamente os outros.

    Mas o caso de Tomé nos alerta pra uma coisa perigosa: a d ver pra crer. O exemplo d Jesus deve bastar para nós. Até pq (como tenho lido e discutido em minhas aulas de ética) ninguém é correto o tempo todo, o q só confirma o Evangelho ("todos pecaram..." e a passagem da luta da carne contra o espírito). Todos estão sujeitos a falhar, e isso é inerente a nossa condição humana atual. A questão é se estamos comprometidos com nossos princípios e, com isso, se buscamos melhorar, fazer menos "caca".

    Concluindo, cada caso é um caso. Uns vem pela observação d pessoas exemplares, outros por pura fé, outros pela dor, etc. O que importa é estarmos em sintonia com a vontade d Deus pra fazer o q é certo na hora certa.

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  3. A questão do referencial é essencial mesmo.
    Você evangeliza a pessoa, a pessoa se converte. E aí????
    Temos uma relação de pai e filho (espiritual). Passamos a ser responsáveis por eles até que estejam prontos a fazer novos filhos espirituais. Essa responsabilidade consiste justamente em buscar dar o exemplo (Referencial). Evangelismo e discipulado são duas coisas que caminham juntas.

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  4. Galera, acho que não fui bem interpretado. Eu quis dizer no texto que talvez estejemos olhando na direção errada quando o assunto é amor ao próximo. O problema é que esperamos sempre recebê-lo e não dá-lo.

    Quando dei o exemplo do garoto que não entenderia bem a analogia entre Deus e seu pai por ter tido um péssimo pai, foi para exemplificar a posição que percebo nos cristãos atualmente quando o assunto é amar. Será que já recebemos esse amor ao próximo para que saibamos repassá-lo? É óbvio que o Rafael (que se identifica pelo tetragrama RHPV!!) tem razão em nos alertar sobre querermos ver um referencial terreno de amor ao próximo, mas se Paulo disse para imitarmos a ele como ele imita a Cristo, a nossa obrigação é dizer o mesmo. E assim como Cristo, devemos amar a TODOS e ainda correr o risco de sermos odiados por isso.

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